Quem quer pão? Vamos comer uma foca...ccia?

 
 
Bora fazer pão?

Nessa pandemia fui contaminado pela pãodemia e acabei me dedicando a preparos com pão.

Já fiz pão francês, pão de leite, pão de hambúrguer, pão de cachorro quente, pão sírio, pão árabe e até panetone.

Hoje estava entediado em casa e sozinho, decidi fazer pão.

Bora fazer uma focaccia?
 

Um novo tempo vem aí!

Dando prosseguimento a reformulação do Pensamentos Equivocados fiz uma enorme limpeza no portal.

Contos de minha autoria continuaram, postagens que não representam mais minha visão de mundo não produzem outro efeito senão me lembrar de que evoluí, não as apaguei, apenas as converti em um modo que apenas possa acessá-las sem interferir com o conteúdo.

O visual voltei ao básico, até porque o visual antigo estava de certa forma defasado e muito pesado, melhor um visual básico que priorize aquilo que tem de melhor.

Carlos Boneca

Era normal.

Todo dia pela manhã bem cedo se levantava e comprava seu jornal. Dava bom dia ao jornaleiro, ria de alguma piada sobre futebol. Seguia sua rotina voltando para casa passando pela padaria. Como no jornaleiro, dava bom dia a todos os funcionários, comprava seus pães, presunto e queijo (sempre prato, nunca muçarela).

Por volta das nove horas da manhã pegava sua bicicleta e descia pela Teodoro Sampaio até a Brigadeiro Faria Lima em direção ao trabalho, uma das muitas agências de publicidade de São Paulo. Era redator, ao menos era isso que os vizinhos sabiam. Trabalhava até as dezoito horas, quando voltava para casa.

Por sinal, morava em uma pequena vila, daquelas que ainda sobrevivem a especulação imobiáliaria e habitada em sua maioria por imigrantes italianos ou seus descendentes. Gente idosa em sua maioria. Carlos não era nem uma coisa nem outra.

A noite as luzes da casa se acendiam. Mas sem nenhum som. Apenas o brilho inconstante da televisão. Uma vez escutaram o som aumentar e diminuir repentinamente, em seguida Carlos saiu de casa e voltou horas depois com um novo fone de ouvido sem fio como viram os vizinhos.

Tudo era normal.